17 de set. de 2009

Novas Alianças

O Partido Progressista (PP) no Maranhão entrou em fase de conclusão das alianças para deputado estadual com vistas às eleições do próximo ano. Na manhã desta quarta-feira (16), importantes lideranças políticas assinaram as fichas de filiação da legenda, abonadas pelo presidente da Executiva Estadual do PP, o deputado federal licenciado Waldir Maranhão.

Os novos quadros do PP Murilo Santos e Jerônimo Cavalcante Filho desempenham um forte e reconhecido trabalho no segmento das pessoas com deficiência no estado. Os planos da legenda é que eles lancem candidatura única, respaldada no histórico de lutas de ambos.

Atualmente, Murilo Santos ocupa a presidência da Federação Estadual das Associações Pestalozzi, e Jerônimo Filho dirige a Federação das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do Maranhão. As duas federações são responsáveis por aglutinar mais de 135 instituições na capital e interior do estado, que realizam cerca de 20 mil atendimentos diários.

Murilo Santos destacou que o número de atendimentos prestados pela Pestalozzi e APAE ainda está aquém do necessário, uma vez que a população maranhense com deficiência supera os 900 mil, segundo dados do IBGE. “É preciso que fique claro que essa nossa investida para deputado estadual não se trata de um projeto individual. A representatividade na Assembléia Legislativa nos permitirá melhorar ainda mais esse atendimento”, informou ele. 

Waldir Maranhão, que é secretário de estado da Ciência e Tecnologia do governo Roseana Sarney, disse que é uma satisfação recebê-los no partido. Na avaliação dele, é salutar que Murilo Santos e Jerônimo Filho, como representantes do segmento de pessoas com deficiência, ocupem espaço político para que isso se reverta em benefícios para a comunidade.  

Na avaliação de Jerônimo Filho, o PP é um partido em franca ascensão e que reúne todas as condições para garantir uma campanha vitoriosa a deputado estadual. Essa é a mesma opinião da apresentadora de TV, Sirlan Sousa, que também se filiou no Partido Progressista, nesta quarta-feira (16), a convite do secretário Waldir Maranhão. “Para mim é uma grande honra fazer parte do PP. Tenho certeza que estou fazendo uma ótima aliança em prol do desenvolvimento do nosso estado”, observou ela.       

 O coordenador do processo de expansão da legenda, Lauro Assunção, informou que o partido espera um grande número de filiações diárias até o próximo dia 30. “Estamos mobilizando todos os candidatos com potencial entre 8 e 10 mil votos e a nossa expectativa é eleger em torno de oito deputados”, informou ele.       


4 de set. de 2009

Arari:Cidade de Fé e Desenvolvimento

É com muita honra que me dirijo hoje aos ararienses. O município de Arari, da  nossa querida Baixada Maranhense, vem despontando no cenário nacional como a capital do surf na pororoca, trazendo ao nosso Estado turistas de todo o mundo; a Arari da famosa Festa da Melancia; a Arari de técnicas pioneiras na plantação de arroz e, sobretudo, de fé e devoção que,  neste mês, celebra  uma das maiores e mais tradicionais  festas religiosas do Estado: a Festa de Bom Jesus dos Aflitos.

A exteriorização da fé pelas centenas de romeiros que começam a chegar de outros municípios e até de outros Estados, seja para pagar promessas, agradecerem ou pedir novas bênçãos é um retrato da identidade cultural de Arari. Os festejos de Bom Jesus dos Aflitos, marcados por sua procissão, pelas seculares ladainhas e novenas, mostram que sua tradição continua viva e presente.

A fé faz parte da cultura de um povo, de suas tradições, de seu patrimônio cultural e, de maneira nenhuma, deve ser dissociada do seu progresso. Não se pode deixar de lado as raízes históricas dos municípios em seu processo de desenvolvimento. Não podemos permitir que sejam suplantadas, mas sim vistas como geradoras de riquezas, fator de coesão social e elemento de promoção local.

O Maranhão está diante de um grande desafio: a popularização da ciência com vistas ao desenvolvimento. E esse desafio vai demandar mais ciência e tecnologia para que nossa população possa ter acesso a este conhecimento, concomitante ao fortalecimento de suas tradições locais. Para isso, o Governo do Estado tem se empenhado na busca de soluções para a criação de políticas públicas adequadas às realidades locais.

É necessário olhar para o Maranhão para descobrir aquilo que é o potencial de cada município. O Maranhão possui uma vocação agrícola que deve ser incorporada a uma proposta que absorva este conhecimento e que seja integrada em produções que contribuam para a elevação da economia do Estado. Arari, que já teve um grande destaque na produção de arroz, foi pioneira na técnica de produção de mudas de arroz, que serve de referência para vários municípios. Técnica esta que também foi levada, inclusive, a outros países; É um exemplo de como as tradições locais podem e devem ser consideradas no processo de desenvolvimento tecnológico.

Olha-se muito para o passado com nostalgia quando se diz que o Maranhão foi um dos grandes produtores agrícolas do Brasil, mas hoje é preciso definir novas cadeias produtivas preservando ou estimulando aquilo que é a nossa vocação e só a ciência e a tecnologia nos dará este suporte para que possamos avançar.

Festejemos, pois, nossas tradições! Festejemos Bom Jesus dos Aflitos! Festejemos  Nossa Senhora das Graças! Festejemos a Pororoca! Festejemos a melancia! Festejemos o progresso que se vislumbra a partir de um passado rico que deixou plantado nesse solo fértil de homens e mulheres trabalhadoras a semente de um futuro próspero.

2 de set. de 2009

Uma atividade marginal

Diante do exagero como buscam cumprir a encomenda, os jornais que aceitaram a missão de desconstruir a imagem do senador José Sarney findam por se expor ao descrédito. É que não dá para tachar como ilícita a nomeação de uma pessoa para um cargo em comissão no Senado e, ao mesmo tempo, apresentar Fernando Henrique Cardoso, o grande aliado de Serra, como bom moço. Seriam dois pesos e duas medidas.

Como todos sabem, a filha do ex-senador e ex-presidente FHC, Luciana Cardoso, era até pouco tempo funcionária do Senado. Quem teria pedido por ela? Além disso, alguém se recorda onde trabalhava, durante o governo Fernando Henrique, o sr. David Zylbersztajn, seu genro? Não me consta que esses agressivos jornais tenham condenado FHC por esses assuntos que em Sarney consideram da maior gravidade. Mas fiquemos por aqui, pois a intenção não é agredir FHC, mas tão-somente comprovar a parcialidade da imprensa serrista.

Até mesmo porque FHC e Sarney são brasileiros e estão sob a égide de uma mesma legislação. Ambos são ex-presidentes e referências máximas de seus respectivos partidos: PSDB e PMDB. Em breve, Lula será também ex-presidente e referência máxima de seu partido, o PT. Todos eles merecem tratamento justo como qualquer outro cidadão brasileiro.

Mas se a imprensa serrista quer apresentar o xingamento ao senador Sarney como jornalismo investigativo, algo impessoal, que mande levantar quem são os funcionários do Congresso Nacional e, nesse caso, quem é parente de quem. Com isonomia, sim, a reportagem merecerá respeito. Mas da forma como o noticiário está sendo fabricado, os ataques ao senador Sarney ganham aparência de serviço de pistolagem.

De tudo isso, porém, passada essa turbulência artificial, até porque o embuste não irá muito longe, duas questões irão requerer um amplo debate nacional: a liberdade de imprensa e a inviolabilidade do segredo de Justiça.

É que, no Brasil, a violação ao segredo de Justiça virou uma desordem sem tamanho. Em nome da liberdade de impressa, algo tão louvável quanto útil, grupos político-empresariais contratam os profissionais da ofensa para pôr em prática suas estratégias de poder. Diferente de outros países, a nossa legislação não dispõe de instrumentos para punir os compradores de tais informações, o que permite o seu uso criminoso como estamos a assistir.

A nossa Carta Magna garante, entre outros, dois princípios fundamentais à democracia: a liberdade de imprensa, ou seja, o direito de informar a verdade, e os direitos e garantias fundamentais, a exemplo da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem. Claro que entre o direito de informar, que é um bem coletivo, e o direito à honra, que é um bem individual, prevalece o coletivo. Todavia, para que essa lógica tenha legitimidade, é preciso que a informação seja verídica.

Ora! Não é a isso que estamos assistindo. O grande malabarismo da imprensa serrista na semana foi a publicação de “grampos” sob o título: “Gravações ligam Sarney aos atos secretos no Senado”. Para começar, a conclusão é fantasiosa, coisa da cabeça do autor da manchete. A informação não é verídica, pelo contrário, constitui uma grosseira falsidade ideológica.

Por outro lado, é bom que fique claro, quem compra e publica informações surrupiadas de processos judiciais em segredo de Justiça está a se servir de uma mercadoria ilegal. É como o receptador de um bem furtado. Uma atividade marginal. Ainda mais quando utilizado com distorções para cometer crimes contra a honra alheia.