É com muita honra que me dirijo hoje aos ararienses. O município de Arari, da nossa querida Baixada Maranhense, vem despontando no cenário nacional como a capital do surf na pororoca, trazendo ao nosso Estado turistas de todo o mundo; a Arari da famosa Festa da Melancia; a Arari de técnicas pioneiras na plantação de arroz e, sobretudo, de fé e devoção que, neste mês, celebra uma das maiores e mais tradicionais festas religiosas do Estado: a Festa de Bom Jesus dos Aflitos.
A exteriorização da fé pelas centenas de romeiros que começam a chegar de outros municípios e até de outros Estados, seja para pagar promessas, agradecerem ou pedir novas bênçãos é um retrato da identidade cultural de Arari. Os festejos de Bom Jesus dos Aflitos, marcados por sua procissão, pelas seculares ladainhas e novenas, mostram que sua tradição continua viva e presente.
A fé faz parte da cultura de um povo, de suas tradições, de seu patrimônio cultural e, de maneira nenhuma, deve ser dissociada do seu progresso. Não se pode deixar de lado as raízes históricas dos municípios em seu processo de desenvolvimento. Não podemos permitir que sejam suplantadas, mas sim vistas como geradoras de riquezas, fator de coesão social e elemento de promoção local.
O Maranhão está diante de um grande desafio: a popularização da ciência com vistas ao desenvolvimento. E esse desafio vai demandar mais ciência e tecnologia para que nossa população possa ter acesso a este conhecimento, concomitante ao fortalecimento de suas tradições locais. Para isso, o Governo do Estado tem se empenhado na busca de soluções para a criação de políticas públicas adequadas às realidades locais.
É necessário olhar para o Maranhão para descobrir aquilo que é o potencial de cada município. O Maranhão possui uma vocação agrícola que deve ser incorporada a uma proposta que absorva este conhecimento e que seja integrada em produções que contribuam para a elevação da economia do Estado. Arari, que já teve um grande destaque na produção de arroz, foi pioneira na técnica de produção de mudas de arroz, que serve de referência para vários municípios. Técnica esta que também foi levada, inclusive, a outros países; É um exemplo de como as tradições locais podem e devem ser consideradas no processo de desenvolvimento tecnológico.
Olha-se muito para o passado com nostalgia quando se diz que o Maranhão foi um dos grandes produtores agrícolas do Brasil, mas hoje é preciso definir novas cadeias produtivas preservando ou estimulando aquilo que é a nossa vocação e só a ciência e a tecnologia nos dará este suporte para que possamos avançar.
Festejemos, pois, nossas tradições! Festejemos Bom Jesus dos Aflitos! Festejemos Nossa Senhora das Graças! Festejemos a Pororoca! Festejemos a melancia! Festejemos o progresso que se vislumbra a partir de um passado rico que deixou plantado nesse solo fértil de homens e mulheres trabalhadoras a semente de um futuro próspero.
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