O deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) defendeu hoje (02) a definição de uma política nacional de ensino profissionalizante para enfrentar o apagão da mão de obra especializada. “Esse tema é de importância nacional, pois está ligado às políticas de desenvolvimento”, observa.
Estudo feito pela Fundação Dom Cabral, com as 76 maiores companhias do Brasil, informa que a falta de gente qualificada já é um problema de grande magnitude. A falta de mão de obra capaz de atender essa ampla gama de exigências pode sufocar os planos brasileiros de crescer mais de 5% ao ano.
De acordo com o levantamento, os setores mais afetados são os de construção civil, indústria naval, automobilístico, ferroviário, moveleiro, de transportes e serviços, siderúrgico e metalúrgico. Sessenta e sete por cento das empresas consultadas pelos pesquisadores disseram ser "muito difícil" contratar funcionários.
Waldir Maranhão cita o especialista Jorge Cunha, que afirmou que existe um descompasso entre "aquilo que sobra" - uma grande massa de pessoas sem qualificação e, não raro, analfabetas funcionais - e "aquilo que falta": gente bem preparada. E não se trata apenas de encontrar candidatos com o certificado de conclusão de um curso superior.
Em outro estudo, desta vez feito pela Rizzo Franchise, e divulgado nesta semana, chegou-se a conclusão que o setor de ensino profissionalizante é o que mais deve crescer no ano de 2010. O percentual poderá chegar a 34% devido, principalmente, ao surgimento de novas redes de franquias deste setor, que já perceberam a grande escassez de cursos qualificados no país, principalmente em cidades do interior. E, ao mesmo tempo, o aumento do número de vagas de emprego que precisam de mão de obra especializada.
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